Vida Alternativa pelo mundo...

2 de dezembro de 2010

Caminho das Índias...


É gente...dezembro chegou ! Último mês do ano...Época de reflexões, confraternizações, preparativos para o Natal, promessas de Ano Novo...
Época também de reunir os amigos e a família, descansar, férias...
As férias são só para alguns, mas pensando nelas que eu resolvi deixar um dos últimos posts desse ano. Um dos lugares mais atraentes, culturais, diversificados que existe no mundo, sem dúvida é a Índia. Ela mantém um magnetismo de geração à geração. Tem encanto, beleza e emoção reunidas em um só país, pois tem no seu povo, o retrato de uma sociedade rica em costumes, mas também de confrontos étnicos.
Quando se vai conhecer a Índia, deve estar preparado para a diversidade cultural que você vai encontrar, além disso, a diversidade física, racial e religiosa é o que definem a Índia em si. Um país rico e pobre ao mesmo tempo que varia de um extremo ao outro, mas que sabe preservar nas suas origens, o conhecimento, o esclarecimento de sua história entre o seu povo.
Um exemplo disso é a história que envolve o Taj Mahal, um monumento arquitetônico localizado na cidade de Agra, construído pelo Imperador Shahjahan, como um memorial à sua esposa Mumtaz Mahal. Os trabalhos para a construção do Taj duraram aproximadamente 22 anos e foi uma homenagem que o Imperador apaixonado fez para ser uma comemoração à memória de sua esposa, depois de falecida. O Taj Mahal foi todo construído em mármore branco, esculturas e flores.
Sem dúvida, esse é uma das mais perfeitas construções do mundo e o presente que na verdade foi oferecido à Mumtaz Mahal, na realidade foi um presente para toda humanidade, pois independente da classe social entre os habitantes da Índia, a história do Taj Mahal é conhecida mundialmente, atraindo turistas cada vez mais encantados com um desses espetáculos que se encontra nesse país, portanto ir para Índia e não passar por Agra, não é uma viagem completa à Índia...
Mas como se comunicar na Índia ???
O inglês é a chamada língua franca na Índia, onde existem 80 línguas oficiais, uns 400 dialetos e mais de 10 diferentes alfabetos.
Se você já sabe o nome do seu hotel e tem o endereço, combine no guichê de táxis pré-pago o preço da corrida e certifique-se que o motorista compreendeu bem o seu destino. Se não souber onde ficar combine uma corrida até Pahad Ganga, um bairro próximo à estação ferroviária de New Delli (cuidado, pois existe outra estação bem mais distante chamada Old Delli), onde você vai encontrar hotéis bons e a preços módicos.
O meio de locomoção vai depender da pressa, do destino e das condições climáticas. Para viagens longas o trem é o transporte ideal, para quem tem pressa, os aviões. Já os ônibus são ruins, barulhentos e raros. Nas cidades você pode viajar curtas distancias (até uns 5 ou 6 km) de rickshas, que são bicicletas com banco de passageiro. Já as distâncias maiores de motoricksha, que ao invés de bicicleta são triciclos motorizados que viajam um pouco mais rápido. A maioria das estradas é de pista única, estreita, movimentada e com o asfalto esburacado. Os ônibus são engenhocas ruidosas e fumegantes.
Não poderia deixar de mencionar, o presente que a Índia nos ofereceu com alguns tratamentos ditos alternativos...No post anterior, eu falei sobre a massagem ayurvédica, originária da Índia, e realizada por toda população, assim como a Shantala, que é uma técnica de massagem também originária na Índia, só que realizada em bebês. Aqui no Brasil, em quase todas as cidades, há cursos e mais cursos para mamães de primeira viagem, que querem beneficiar seus bebês coma a Shantala. É um método simples, mas como envolve bebês todo cuidado é pouco, afinal não da para deitar somente o bebê no colo e sair por aí massageando o coitadinho como se fosse um pãozinho, né ? A técnica da Shantala, tem movimentos precisos e que favorecem os recém nascidos em caso de cólicas, irritação, constipação, além de um total relaxamento e sono tranquilo
Vale lembrar que a Shantala, foi descoberta por um médico francês, que passava em uma Rua e se deparou com uma mulher simples, sentada no chão que massageava seu filhinho com movimentos corretos que o acalmavam e promoviam equilíbrio físico, emocional e energético. Assim, batizou o nome dessa variação de massagem em bebês de Shantala, em homenagem à mulher que apresentou para ele essa técnica...
Engraçado como aqui no Brasil essa área da massoterapia é algo considerado secundário (apesar de estar crescendo), pois em países como a Índia, China e Japão por exemplo, esses costumes são milenares e fazem parte do cotidiano da população...
Bom, mas vamos voltar à Índia...
A moeda nacional é a Rúpia. O câmbio de dinheiro pode ser feito em bancos ou casas para isso (com uma pequena vantagem de câmbio nessas).Claro que você vai precisar de $$$ para ficar na Índia, pois se existe um paraíso para compras, este paraíso é a Índia. Lá você encontra de tudo. Roupas exóticas, roupas estilo ocidental, marcas de grife, artesanato indiano de prata, jóias, marfim, ouro, temperos, tinturas para cabelo, cosméticos, livros, incenso, arte sacra hindu, objetos para o ritual religioso, perfumes, louças, talheres e tudo o que alguém possa imaginar para todos os bolsos. Lembre-se que a Índia sempre foi o país das especiarias, das tapeçarias, da seda fina e de tudo o que os nobres e endinheirados sempre desejaram possuir. Um bazar indiano, como o Main Bazar de Delhi, é o sonho de consumo que você ainda não teve e que jamais poderia imaginar existir! Para visitar :
New Delli, ou Nova Delhi, é o melhor destino para quem desembarca na Índia pela primeira vez. Assim que você sai daquele ambiente artificial e padronizado dos aeroportos internacionais de todo o mundo, você já é arremessado ou tragado pela atmosfera tipicamente indiana. Em Delhi não deixe de conhecer o Main Bazar, a principal rua de comércio, a rua da prata no centro de Old Delhi (Chandni Chowk, um dos maiores empórios comerciais da Ásia), o monumento arqueológico de Purana Qila, o forte de Delhi (Forte Vermelho), o movimentado centro comercial e empresarial do centro novo (Connaught Place e adjacências), o Jama Masji (a maior mesquita da Índia). O templo de Lakshmi-Narayana é o mais rico de Delhi e é bem central, vale a pena conhecer. As atrações de Delhi podem ser vistas em dois ou três dias, e Delhi é um lugar privilegiado para se pegar um trem para qualquer outro destino, ou um avião. Fica perto de Agra, do Rajastão, das cidades turísticas e culturais do sopé do Himalaia, como Haridwar e Rishikesha e de outros destinos no norte a Índia.
Mumbai é a cidade mais ocidental e mais ocidentalizada da Índia, uma interessante mescla da antiga Índia com o moderno ocidente, o ponto mais próximo de uma possível “globalização” que inclua a Índia. A cidade pode ser um tanto assustadora para um ocidental, o tráfego é muito mais desorganizado que Delhi e a cidade não tem jeito de cidade grande. Parece mais uma grande pequena cidade. Conheça Bollywood, onde são produzidos freneticamente os filmes indianos e as novelas locais, onde é possível encontrar os atores e atrizes famosas, além da badalada praia de Juhu Beach, a coisa mais alucinante em matéria de praia brega que um farofeiro poderia sonhar em conhecer.
Calcutá (em bengali Kolkota) é um destino pouco recomendável para qualquer turista ocidental. A cidade é bem feia, caótica, com milhares de pessoas vivendo nas ruas, nas calçadas, na mais extrema miséria e indigência.
Agora vamos falar das comidinhas...
Indianos não comem carne bovina, afinal a vaca é um animal considerado sagrado.Aliás, é comum as pessoas criarem vacas como se fosse um animal doméstico, tipo um cachorro...
Na Índia existe uma grande percentagem de vegetarianismo. É normal nos restaurantes existirem pratos vegetarianos e não vegetarianos, sendo que por vezes, o número de pratos vegetarianos é bastante superior aos pratos não vegetarianos. O vegetarianismo está associado ao hinduismo.
Para a confecção de pratos vegetarianos, um dos ingredientes mais utilizados chama “Paneer”. A palavra “paneer” vem da palavra Persa para queijo e não é nada mais do que isso, uma espécie de queijo fresco, muito consistente, que é a principal fonte de proteínas para os vegetarianos. Claro que não é o único ingrediente da cozinha vegetariana, mas podemos dizer que é o mais comum.
A forma como tanto a galinha como o “paneer” são cozinhados é bastante semelhante. Normalmente são apresentados numa caçarola, com cores bastantes vivas (vermelho, laranja) e com bastante molho. São utilizadas muitas especiarias como por exemplo a pimenta, o piri-piri, o caril, o cominho, a masala (mistura de várias especiarias).
A forma como os indianos comem é bastante diferente da nossa. Nós utilizamos faca e garfo. Eles utilizam as mãos, mais propriamente a mão direita. É verdade, eles comem com a mão. O fato de comerem com a mão não se aplica só às pessoas mais pobres, mas a toda a sociedade. Comer com talheres simplesmente não faz parte da cultura deles, sejam pobres ou ricos em bons ou maus restaurantes.
O ritual de comer é bastante curioso. Depois de se comer a sopa, essa sim com colher, normalmente comem-se uns aperitivos. Depois dos aperitivos vem o prato principal que normalmente é paneer ou galinha. O empregado serve-nos no prato um bocadinho da comida principal e ao nosso lado põe um pão especial, o “naan”.
O naan é um pão muito leve feito de farinha de trigo. É cozinhado num forno especial , tandoor. Normalmente tem a forma redonda, tipo base de pizza e é servido quente, simples ou com manteiga (butter naan).
Nunca beba água de procedência ignorada, mesmo que engarrafada! Em grandes centros como Delhi existem bons restaurantes, mas restaurantes são coisa rara no interior.Bebidas alcoólicas são tabu tanto para hindus quanto para muçulmanos, mas o que mais se vê são as lojinhas de bebidas, onde se vende wisky indiano da pior qualidade. Em Mumbai existe vida noturna e bons bares (inclusive o Leopold Cafe desde 1857). Normalmente será relativamente caro beber nos bares/discos (não menos que 100 rupees por 600ml de cerveja). Em Goa também pode-se encontrar diversas opções.Os melhores programas são os templos, cheios de vida e misticismo. Visitar templos hindus é um bom programa na Índia.
Claro que eu também não posso deixar de falar sobre o budismo, que prega um caminho de libertação e salvação mais individualizado. Para quem ainda não sabe a historinha de Buda: Ele nasceu por volta de 560 a.c e era filho do rei. Vivia cercado de luxo desde pequeno, mas ele estava ficando insatisfeito com a vida e resolveu com 29 anos de idade, abrir mão da sua riqueza e vagar pelo mundo em busca da verdade. Antes dele tomar essa decisão, ele viu uma mulher em uma situação menos privilegiada que a dele e não se conformava e nem entendia, como ele podia estar com tanto e ter gente com tão pouco...Foi assim, tomado por uma piedade sem tamanho e generosidade que ele resolveu abandonar tudo que ele considerava luxo e excesso.Buda descobriu que o melhor jeito de chegar à verdade é pela meditação, pela não violência e pela moderação.
Ele viajou pela Índia durante anos e mais anos até alçancar o despreendimento total e a não necessidade de se alimentar , tornando-se assim um ser iluminado e cultuado até hoje...Quem me conhece sabe do meu amor eterno por qualquer imagem do Buda e apesar de eu não ser budista e sim simpatizante, tenho coleções e mais coleções desses budinhas da sorte...
O Yoga é uma forma de consciência corporal que os indianos mais uma vez trouxeram para nós. Eu sou uma defensora nata do Yoga, porque acho que essa técnica milenar comumente realizada na Índia, traz benefícios visíveis ao longo do tempo. Concentração, meditação, alinhamento postural , equilíbrio físico, mental, emocional e energético, faz do Yoga uma prática completa, onde cada dia você testa seu limite, aprendendo a conhecer seu corpo, suas vontades e aprimoramento interior...Um presentão da cultura indiana para nós...
Os efeitos do Yoga, entre as mulheres indianas, faz com que elas estejam entre as mulheres mais bonitas e vaidosas do mundo.
Além de toda ornamentação nas vestimentas, na maquiagem com a mistura de cores e texturas, as indianas possuem elasticidade e flexibilidade notáveis, principalmente nas danças conhecidas por Bhárata Natyam ( dança tradicional indiana)ou Bhangra, que são danças típicas realizadas por homens. Finalmente, a Índia é ou não é um país rico ?
Brasileiros precisam obter visto previamente para viajar à Índia. O consulado em São Paulo (tel. 11 3171-0340/1) atende os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e os da Região Sul. É necessária a vacina contra febre amarela. Não há vôos diretos do Brasil. As conexões mais usadas são via Joanesburgo (África do Sul), cujo custo beneficio é o mais atraente. Outras opções existem, mas são mais caras e demoram muito mais horas de viagem. Londres, Amsterdam, Paris, Frankfurt e Dubai sao algumas delas.
As fontes desse post são do site Era uma vez na Índia e do Sou turista. Sei que eu deveria ter postado esse assunto no começo do ano, para aqueles que sempre viajam nessa época pudessem se programar durante o ano inteiro e agendar uma viagem como essa que leva tempo e dinheiro. Mas de qualquer forma, fica a dica para o ano que vem. Assim, vocês tem ainda mais 365 dias para isso...rsrs
Espero que tenham gostado ... Vale à pena, né gente ?

Beijinhos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário